Ancine cria Câmara Técnica de Exibição
Reprodução: Tela Viva
A Ancine criou a Câmara Técnica de Exibição, com o intuito de discutir o mercado de salas de cinema. A portaria que institui a Câmara foi publicada no Diário Oficial da União desta terça, 6. O grupo será formado por 18 representantes de empresas sendo oito de empresas produtoras, seis representantes de empresas exibidoras e quatro representantes da distribuição cinematográfica.
De acordo com o presidente da Ancine, Alex Braga, todas as empresas representada na Câmara Técnica são brasileiras e independentes, algo inédito na agência. O grupo foi escolhido com foco nos profissionais e na experiência das empresas. Além disso, “os membros da produção também participam da Câmara Técnica de Produção, o que aumenta a sinergia entre os espaços de discussão”, conta Braga.
A Câmara Técnica de Exibição terá prazo de um ano, prorrogável por igual período. Entre os objetivos do grupo estão a avaliação do mercado de salas de exibição, inclusive em relação à implementação de recursos de acessibilidade visual e auditiva, e o planejamento de ações e iniciativas para o desenvolvimento das atividades cinematográficas, especialmente diante do cenário de inovação, transformações tecnológicas e mudanças nos hábitos de consumo, além de estratégias para manutenção e ampliação do parque exibidor. Também devem entrar em pauta o impulsionamento da programação de filmes brasileiros nas salas, assim como a retomada da Cota de Tela.
Composição
Veja a composição da Câmara Técnica de Exibição.
Representantes da produção cinematográfica:
Beto Rodrigues, da Panda Filmes;
Fernando Segtowick, da Marahu Produções de Cinema e Televisão;
Helder Quiroga, da Elipse Conteúdos Criativos;
Karen Castanho, da Biônica Cinema e TV;
Marcos Ligocki, da CKI Marketing, Entretenimento e Cultura;
Márcio Fracaroli, da Paris Produções;
Vânia Lima, da Tem Dendê Produções; e
Walkiria Lustosa Barbosa, da Total Entertainment.
Representantes da exibição cinematográfica:
André Sturm, do Cine Belas Artes;
Gilberto Leal, da Cinemaxx;
Lucio Otoni, da Cineart;
Luiz Severiano, da Kinoplex;
Marcos Barros, da Cinesystem; e
Paulo Lui, Topázio Cinemas.
Representantes da distribuição cinematográfica:
Bruno Wainer, da Downtown;
Daniel Queiroz, da Emabaúba Filmes;
Felipe Lopes, da Vitrine Filmes; e
Juliana Brito, da Pandora Filmes.
Recuperação
A Ancine lembra que os números do mercado cinematográfico mostram recuperação nos dados de público e renda das salas no Brasil desde o momento mais grave da pandemia. De acordo com informações do Anuário Estatístico do Cinema Brasileiro, publicado recentemente pela agência reguladora, o público total nos cinemas brasileiros passou de 39,4 milhões, em 2020, para 52,3 milhões, em 2021.
Os dados mais recentes do Observatório do Cinema e do Audiovisual – OCA demonstram que o crescimento acelerou em 2022. Até 23 de novembro, 87,5 milhões de ingressos foram vendidos nas bilheterias, mas o número ainda é bem distante dos 177,7 milhões registrados em 2019.