RIOFILME PROMETE EDITAL ATÉ FIM DA SEMANA QUE VEM
O total previsto para essa linha de financiamento direto, porém, ainda segue em suspenso. Sá Leitão diz que a prefeitura está estudando quanto será investido no edital, que é o principal instrumento de fomento à produção de curtas e longas-metragens, séries de TV e conteúdo para a internet pautados por “critérios culturais e sociais”, e não “comerciais”.
Além deste, Sá Leitão promete que a prefeitura irá lançar outros editais, ainda neste mês, no âmbito da mesma linha não reembolsável, mas para outras ações que não a produção. E diz que os recursos para a execução “serão liberados nos próximos meses”.
— Os projetos serão recebidos, avaliados, selecionados, contratados e pagos ainda em 2014 — afirma. — Os valores e os textos dos editais estão sendo debatidos e serão anunciados ao fim da semana que vem.
O setor audiovisual já aguardava o lançamento do edital de produção desde junho, já que o regulamento foi aberto para consulta pública em abril.
— Não havia prazo definido, mas a minuta fica em consulta por cerca de um mês. Então, o natural seria que o edital saísse em maio ou junho — diz a cineasta Julia Murat. — Toda a cadeia está sendo prejudicada, cineastas e produtoras grandes, médias ou pequenas. Mas o grito vem mais das pequenas, porque o edital da linha não reembolsável é o meio pelo qual elas têm acesso a verbas para produzir seus filmes. A linha de investimento reembolsável, que atende, em geral, às grandes produtoras, está com verbas liberadas.
O cineasta Felipe Bragança diz que o edital atende aos projetos de pesquisa de novos cineastas e produtoras, que “não podem ser excluídos do plano de desenvolvimento da indústria de cinema do Rio”.
Hoje, a RioFilme divide o fomento em audiovisual em linhas de inventimento não reembolsável, cujos projetos são aprovados de acordo com “critérios culturais e sociais”, e reembolsável, destinado a propostas de produção e distribuição de longas e séries de TV com fins comerciais, que são selecionadas por “critérios econômicos”. Sá Leitão diz que nem todo o investimento da linha não reembolsável foi contingenciado e que parte da verba vem sendo usada para honrar compromissos de anos anteriores e outras linhas de ação (além da produção).
A linha de investimento reembolsável para a produção e distribuição audiovisual terá R$ 14 milhões em 2014, mas parte desse montante também está retido. Dos R$ 14 milhões, provenientes da RioFilme e da Ancine, apenas metade foi liberada. Mas, segundo a prefeitura, somando outras verbas, o “investimento reembolsável em cinema soma R$ 11,8 milhões” até o momento.
Fonte: O Globo