Características antes valorizadas podem ter um significado negativo no contexto atual dos negócios. Como exemplo, ele cita a autenticidade, uma vez que pessoas que possuem esse atributo muitas vezes tendem a ser inflexíveis nas tomadas de decisões.
Stuart Hardy, diretor da Faculdade de Educação Executiva, na Berlin School, palestrou no evento (Foto: Renata Mello)
O especialista destacou que um aspecto fundamental para a formação de líderes eficientes é a capacidade de adaptação diante das mudanças que esse mercado atravessa: “Hoje o que se espera é que as lideranças tenham facilidade de se adaptar a novas situações. As pessoas que têm essa habilidade conseguem ceder e trabalhar em equipe de forma mais flexível e aberta”.
Ele participou do Fórum IEL sobre Gestão e Liderança em Negócios Criativos com Foco no Audiovisual, promovido pelo IEL/Sistema FIRJAN e pelo Sindicato Interestadual da Indústria Audiovisual (Sicav).
Segundo Hardy, o diferencial do líder é conseguir um equilíbrio entre a autenticidade e a habilidade de se adaptar às mudanças. “É preciso pensar como trabalhar com esses dois lados para ter uma gestão eficaz. Se não houver a capacidade de recuar e avaliar o contexto, dificilmente se alcançará os resultados esperados”, destacou.
Empresários aprenderam sobre as principais habilidades para liderança no segmento audiovisual (Foto: Renata Mello)
As mudanças no comportamento do consumidor também impõem que os gestores desenvolvam novos modelos mentais. É preciso que, mais do que capacitadores, os líderes sejam condutores capazes de agregar valores externos ao que é desenvolvido na empresa.
“São dois modos radicalmente diferentes de atuar. O condutor tem que selecionar e afunilar as tecnologias para dentro da empresa. É preciso compreender os valores do ecossistema e, a partir daí, criar produtos e serviços, num movimento contrário ao que ocorria antes”, afirmou.
A liderança moderna também requer uma visão híbrida do gestor. Para o especialista, uma nova forma de se trabalhar, mais colaborativa, exige mudança de mentalidade e de comportamento para quem está à frente do mercado audiovisual.
“As transformações tecnológicas são tão rápidas que não podemos mais ter modelos de gestão estáticos. O líder dessa indústria tem que ser muito bom no gerenciamento das diversas interfaces de uma organização. Deve conhecer suficientemente cada setor e como integrá-lo de forma a obter avanços”, disse.
Para Leonardo Edde, vice-presidente do Sicav, o conhecimento sobre as novas formas de liderar e gerir é primordial para a competitividade do setor. “Esse fórum integra nossas ações para formalizar e fortalecer as empresas audiovisuais. A criatividade é algo que já está presente nessa indústria, mas precisamos encontrar um jeito de formalizá-la. As organizações desse mercado precisam também se tornar uma gestão, assim como acontece no mercado internacional. Por isso é importante trazer essa curva de aprendizado do exterior para os empresários”, pontuou.
O Fórum IEL Gestão e Liderança em Negócios Criativos com Foco no Audiovisual aconteceu em 5 de outubro, na sede da FIRJAN.
Fonte: Sistema FIRJAN