União dá a tônica na apresentação da diretoria do Sicav

União. Esta foi a palavra mais repetida por Leonardo Edde no evento ocorrido no dia 7 de novembro, durante o Rio Market, na recém-inaugurada Casa Firjan, em Botafogo.

Leonardo, que foi reeleito para a presidência do sindicato para os próximos três anos, lembrou a memória de Silvia Rabello, presidente do Sicav falecida em janeiro, e adotou um discurso de união. “Neste momento de transição, sem dúvida nenhuma mais delicado que qualquer transição habitual, a união se faz ainda mais importante”, disse ele, que lembrou que o Sicav vem se esforçando para que o desenvolvimento da Indústria Audiovisual se dê através de um diálogo constante entre seus vários stake holders, e mais próximo a entidades como Ancine, Minc e TCU.

Desafios

Entre os desafios elencados por Leonardo para a próxima diretoria, entender o novo mercado consumidor, e como trabalhar com todos os tipos de janela hoje existentes. “Existe, atualmente, uma facilidade muito grande de acesso ao conteúdo. Ninguém precisa mais sair de onde está para acessar uma obra audiovisual, e 70% das pessoas consomem este conteúdo por meio de dispositivos móveis. O maior desafio da indústria audiovisual hoje é entender como chegar a esse público e maximizar a rentabilidade em cada janela, na cauda longa”, disse o presidente eleito.

Também foi ressaltado o desafio a ser enfrentado de fazer com que a discussão dos diversos setores do audiovisual deixe de ser feita de forma fragmentada, como muitas vezes ainda ocorre.

Já em termos nacionais, Leonardo lembrou que o grande desafio será a evolução da política pública. “Temos a regulação do vídeo sob demanda, a discussão sobre jogos e realidade virtual. Além disso, teremos, em 2019, a renovação da lei do audiovisual, logo depois da lei 12.485, a lei da cota de tela de cinema… Ou seja, todo o arcabouço regulatório que trouxe a indústria até o seu presente, será revisado. Como se não bastasse, passaremos por uma transição dos governos estadual e federal que, por si só, já é um desafio grande. Soma-se a isso, a divisão que temos observado no país e a imprevisibilidade dos novos governos. Temos desafios robustos pela frente”, afirmou Leonardo, que encerrou sua apresentação parabenizando os responsáveis pela realização do Festival do Rio e do Rio Market. “Esta é a principal forma de resistência da indústria criativa”, concluiu.