Audiovisual: propostas para impulsionar o setor são entregues ao governador
Propostas que vão ao encontro das necessidades do audiovisual, referentes à atração de novos investimentos e à promoção de grandes eventos que movimentam o setor, foram apresentadas por empresários ao governador do estado do Rio, Wilson Witzel. A reunião aconteceu na Firjan, em 07/08, e recebeu também secretários do governo, que se comprometeram a atender as demandas.
“Essa aproximação é extremamente necessária. Nossa intenção é estar junto ao poder público para auxiliar na recuperação econômica do Rio de Janeiro. Entendemos que a indústria audiovisual tem um protagonismo muito grande, seja no PIB, na geração de empregos ou em resgatar a autoestima do cidadão carioca”, explica Leonardo Edde, presidente do Sindicato da Indústria Audiovisual (Sicav).
Quanto aos investimentos, o estado do Rio vem perdendo sua capacidade nos últimos anos. O setor audiovisual não possui linhas de investimentos estaduais ou municipais. Para os empresários, há uma oportunidade de composição com os Arranjos Regionais do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que ainda não é explorado. São Paulo está na dianteira desse investimento com mais de R$ 30 milhões captados.
“A regra para arranjos regionais estabelece que, para cada um real aportado pelo estado, o Fundo aporta até três vezes esse valor. É uma iniciativa muito boa, e não entendemos porque o Rio ainda não participa. É uma grande oportunidade que não aproveitamos”, alerta Edde. A proposta viabilizaria um aporte de até R$ 15 milhões de investimento do FSA, com a contrapartida de apenas um terço do valor pelo estado do Rio, para investimentos em projetos de produção, desenvolvimento, capacitação, jogos eletrônicos e festivais.
Manutenção de grandes eventos
Os eventos do setor audiovisual perderam força no Rio nos últimos anos. A maior premiação do Cinema Brasileiro – O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro – acontecerá pela primeira vez em São Paulo por falta de apoio aqui no estado. Já o Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro está ameaçado. Em 2018 quase não aconteceu, e em 2019 está com dificuldades para sua realização.
Atento a este panorama, outra proposta apresentada ao governador baseia-se no incentivo a esses eventos. O Festival do Rio gera mais de 20 mil empregos diretos e indiretos ao longo do ano, trazendo oportunidade para jovens de todas as classes sociais. O Rio é o principal player do mercado criativo brasileiro, de acordo com o Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil, lançado este ano pela Firjan. O setor audiovisual fluminense está entre os que possuem as maiores remunerações médias do país (R$ 7.863). O Festival do Rio impacta positivamente também os setores de Turismo e Serviços, já que reúne mais de 200 mil espectadores por edição.
Além do setor audiovisual, pleitos de outros 16 segmentos foram apresentados: metalmecânico, construção civil, moda, gráfico, alimentos, panificação, plásticos, joias, cerâmica, mármores e granitos, reparação veicular, tecnologia da informação, laticínios, borracha, mobiliário e água mineral.
Fonte: Firjan