O presidente do Sistema FIRJAN, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, fez a abertura do seminário, considerando importante a parceria do ministério com o audiovisual, destacando que esta é uma grande oportunidade de exportação para o setor. O secretário de Comércio e Serviços do MDIC, Marcelo Maia, afirmou que a economia criativa é muito importante para o ministério. “Fiquei impressionado como ela pode agregar valor, podendo ser a grande ‘locomotiva’ da ‘bandeira Brasil’ no exterior”, disse o secretário.
Secretaria de Comércio e Serviços do MDIC apresentou números de exportação e importação do audiovisual (Foto: Gabriel Adão)
A coordenadora-geral de Mercado Externo da Secretaria de Comércio e Serviços do MDIC, Renata Campos, apresentou números da importação e exportação de produções audiovisuais do Brasil, destacando a participação do Rio de Janeiro, que é responsável por aproximadamente 90% da saída de produções para o exterior. Renata também apresentou o SISCOSERV, que é a ferramenta utilizada para registro de todas as operações de compra e venda de serviços e intangíveis, o que ajuda o MDIC a ter informações precisas que podem ser convertidas para o ministério oferecer contrapartidas no apoio e alavancagem do audiovisual.
A diretora do Festival do Rio, Ilda Santiago, comentou sobre a idealização do Films from Rio, programa destinado a capacitar produtores fluminenses para o mercado internacional. “A ideia é que possamos facilitar os caminhos e instrumentalizar os produtores, para que os filmes possam chegar lá fora e criar um equilíbrio maior entre o que vendemos e compramos”, disse Ilda na ocasião. Sandro Fiorin, produtor e sócio da Figa Films, é um dos grandes responsáveis em levar produções latino-americanas para os Estados Unidos e Europa e considera que o cinema brasileiro está em alta no mundo. Já Marie-Pierre Macia, produtora francesa e consultora do Films from Rio, acha que os filmes do nosso país são interessantes, mas ainda falta algo para chegar ao exterior, como uma maior preparação dos produtores. “O cinema brasileiro é como os outros, com qualidades e defeitos. Talvez tenha dificuldade em fazer seu caminho por causa das novelas e da TV, além da enorme competição com o resto do mundo”, opinou.
Marie-Pierre Macia, Ilda Santiago e Sandro Fiorin falaram sobre a situação das produções brasileira no exterior (Foto: Gabriel Adão)
Para o produtor Sandro, o caminho ideal para as produções chegarem ao exterior varia, já que cada filme se encaixa em certos tipos de festivais. Ilda complementou, defendendo que é essencial ter um coprodutor ou representante internacional que vá defender a produção e saiba o que é melhor para ela nos países em que possa chegar.
Gabriel Adão/ Movimento Sindical FIRJAN