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PÚBLICO DO CINEMA NACIONAL CRESCE 280% NO PRIMEIRO SEMESTRE DO ANO


Os longas brasileiros venderam, nos primeiros seis meses do ano, pouco mais de 13 milhões de ingressos, um pulo de 280% em relação ao mesmo período em 2012, que atraiu 3,5 milhões de pagantes aos cinemas, de acordo com o Filme B, portal que monitora o mercado cinematográfico no país.
 

Na renda, os números são ainda melhores: a bilheteria total de R$ 144 milhões representa um crescimento de 289% em relação ao ano passado, que ficou em R$ 37 milhões.
 

Os dados não chegam a ser uma surpresa, porque representam uma tendência do fim do ano passado com as estreias das comédias nacionais, a galinha dos ovos de ouro do cinema brasileiro, e dramas sobre músicos famosos.
 

Dos cinco filmes que ultrapassaram a marca de 1 milhão de espectadores no primeiro semestre de 2013, três deles são comédias (“De Pernas Pro Ar 2”, “Vai Que Dá Certo”, “Minha Mãe é Uma Peça”), enquanto dois envolvem o nome Renato Russo (“Somos Tão Jovens” e “Faroeste Caboclo”), ex-líder da Legião Urbana.
 

“O crescimento é exagerado, porque estamos vindo de uma posição muito ruim. Mas é um aumento altamente expressivo, mostra que o cinema brasileiro cresceu e ficou robusto”, afirma Paulo Sérgio Almeida, diretor do Filme B.
 

Entre todas as produções (nacionais e internacionais) que estrearam em 2013, apenas “De Pernas Pro Ar 2”, com R$ 44 milhões de renda, e “Vai Que Dá Certo”, com R$ 29 milhões, entraram entre os dez mais vistos do ano –a liderança absoluta é de “Homem de Ferro 3” com R$ 96 milhões.
 

Mas os longas estrangeiros não estão num momento tão bom. Houve uma queda de 13% no público do cinema internacional, e de 5% na renda –em parte explicada pela Copa das Confederações e pela onda de manifestações no país, que quebraram a tendência de alta em junho, mês dos grandes lançamentos hollywoodianos.
 

Há boas notícias também no meio da tabela do cinema nacional. O aclamado “O Som ao Redor” fechou sua carreira com 94 mil espectadores e uma renda de quase R$ 1 milhão –números expressivos para um longa fora da curva das comédias televisivas e sem nenhum astro global.
 

O mesmo pode ser dito de “Elena”, o documentário mais visto do ano com 48 mil espectadores, mesmo sem trazer nenhuma biografia de cantor famoso, como geralmente é a marca dessas produções. “O cinema de qualidade no Brasil não tem sido feito com muita frequência no Brasil, então precisamos ter mais carinho com esses filmes”, diz Almeida.
 

Fonte: Folha Online


 

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