RIOFILME LANÇA EDITAIS NO VALOR DE R$ 10,16 MILHÕES
A divulgação dos editais foi realizada numa coletiva de imprensa pela programação do Festival do Rio, evento patrocinado pela RioFilme, um órgão da prefeitura. O anúncio acontece menos de uma semana após o início do Rio: Mais Cinema, Menos Cenário, movimento que tem reunido profissionais do audiovisual nas sessões do festival em protesto contra as ações dos governos municipal e estadual para o setor.
Quatro das cinco linhas são de recursos não reembolsáveis, selecionados por critérios culturais e sociais: Investimento Automático em Digitalização de Cinemas Culturais (R$ 1 milhão), Investimento Seletivo em Produção de Conteúdo para Web (R$ 1 milhão), Investimento Seletivo em Produção e Finalização de Longas (R$ 4,5 milhões) e Investimento Seletivo em Produção de Curtas (R$ 660 mil). Apenas a linha de Investimento Automático em Conteúdo para TV, no valor de R$ 3 milhões, é reembolsável, destinada a projetos de valor econômico.
A apresentação dos editais foi feita por Sérgio Sá Leitão, presidente da RioFilme e secretário municipal de Cultura. Ele explicou a demora no lançamento dos editais não reembolsáveis, anteriormente aguardado para agosto e cujo atraso foi o estopim para a criação do movimento Rio: Mais Cinema, Menos Cenário. Vários integrantes do movimento estiveram presentes.
– Este ano foi difícil para a RioFilme. Enfrentamos uma dificuldade: houve contingenciamento orçamentário, porque o Brasil, ao contrário do que diz a propaganda, está em recessão. Isso gerou um descompasso entre a expectativa de arrecadação e a arrecadação de fato. Então a prefeitura teve que contingenciar recursos em várias áreas, não só na RioFilme. Isso foi prejudicial para nosso planejamento – afirmou o secretário.
Ainda segundo Sá Leitão, os recursos foram liberados há apenas duas semanas, e a prefeitura aguardou o Festival do Rio para seu anúncio. O secretário lembrou que o total do orçamento da RioFilme para 2014 é de R$ 42,36 milhões, com investimentos em 117 projetos.
Desde 2009, o valor total foi de R$ 187,3 milhões, sendo que 41,8% destinados a projetos escolhidos por critérios econômicos e 43,35% para projetos selecionados por seus valores cultural e social.
– A fronteira entre as definições de critérios econômicos e culturais é muito tênue. Não temos um compromisso com um determinado tipo de filme. Nossa diretriz é dar conta a diversidade do Rio de Janeiro, balanceando as duas dimensões, cultural e econômica – garantiu Sá Leitão.
Fonte: O Globo Digital