SISTEMA FIRJAN APRESENTA CENÁRIOS POLÍTICOS E ECONÔMICOS NO CAMPUS BRÉSIL
O seminário, que contou com a participação de cerca de 200 advogados brasileiros e franceses, além de professores e empresários, abordou possibilidades de investimentos de empresas francesas no Brasil e de empresas brasileiras na França. Marcio Fortes, assessorchefe de Relações Institucionais do Sistema FIRJAN, descreveu a atual situação política do país.
“Após sete eleições diretas, vemos que o Brasil possui uma democracia consolidada. Nós oferecemos segurança jurídica para investidores franceses, mas vivemos um momento delicado. O governo precisa ser mais transparente para recuperar a confiança do mercado”, constatou.
CENÁRIOS ECONÔMICOS
O cenário econômico foi abordado por Guilherme Mercês, gerente de Economia e Estatística do Sistema FIRJAN. “O Brasil só voltará a crescer se o governo promover mudanças significativas na política econômica. Há um choque de custos, os salários estão em alta e a produtividade está estagnada”, explicou. De acordo com Mercês, se não houver sinalização de mudanças, o rebaixamento da nota do país pelas agências de classificação de risco é certa. “Há dois cenários: a situação atual, com grande intervencionismo, desequilíbrio fiscal e baixo crescimento; e uma nova postura, com menor intervenção, mais investimentos privados e a melhora do quadro fiscal”, destacou Alexandre dos Reis, diretor de Relações com o Mercado do Sistema FIRJAN, participou do painel “Meio Ambiente e Economia Sustentável”. Ele apresentou as ações que a Federação tem promovido com vistas a atender os desafios do setor de petróleo e gás. “Temos um planejamento estratégico para o desenvolvimento do setor de petróleo e gás. Investimos na qualificação da mão-de-obra, por meio do SENAI, e em novos ambientes e tecnologias. Também auxiliamos empresas em questões relacionadas ao meio ambiente, à segurança e à saúde do trabalhador”, disse.
Pierre-Olivier Sur, presidente da Ordem dos Advogados de Paris, destacou a importância do Brasil no contexto global: “O Brasil continua sendo a maior economia da América Latina e a sétima maior do mundo. É um parceiro muito importante para a França, com quem divide recursos naturais, econômicos e tecnológicos. Já somos o primeiro parceiro do Brasil no âmbito da educação, e muitos acordos estão sendo implantados”.
A edição do Rio de Janeiro foi a maior da história do evento. O seminário abordou também medidas protecionistas, sustentabilidade, fiscalização e o sistema jurídico dos dois países.